segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Notas de um político impreparado (2)

Aspirantes a políticos e partidos pequenos podem de repente encontrar-se em situações nas quais a sua posição é decisiva. Nessas alturas os holofotes da atenção mediática expõem de forma cruel as fragilidades de uma campanha feita com base em utopias, academicismos e outros amadorismos. De repente, é preciso descer à dura realidade do conflito com outras ideias mas ao mesmo tempo aproveitar a oportunidade de fazer a(lguma) diferença. Rápido, o que se decide?
Nestas situações são precisos algoritmos, heurísticas que permitam encontrar o equilíbrio entre o que é desejável e o que é possível. Aqui ficam 3 contributos:
1.Discutir objetivos e não meios. É mais fácil concordar em objetivos do que nos meios para os atingir. Ora traçar o rumo é que é importante, porque a partir daí qualquer avanço é ganho.
2. Maximizar o investimento. Não procurar chegar a tudo. Os esforços devem concentrar-se em procurar a medida chave com a qual seja fácil concordar mas que, depois de implementada, tenha um efeito em cascata para o lado que se pretende.
3. Saber esperar. Deixar claro aos eleitores que este não é o nosso caminho mas que não é incompatível com ele. Assegurar (e ter a convicção) de que os objetivos finais não se perdem, apenas se adiam. Aproveitar a onda para promover a visão alternativa, ao mesmo tempo que se demostra a responsabilidade do compromisso.

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